A periodização da incorporação administrativa de aeródromos pela FAB pode ser feita em três períodos distintos, de acordo com uma cronologia estabelecida pela própria força (clique aqui para ver).
O primeiro período, que se estende de 1941 a 1966, é caracterizado pela absorção de aeródromos de diferentes origens:
- Herdados do Exército Brasileiro: Belém (PA) (Souza), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Canoas (RS) (Fátima), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ) (Campo dos Afonsos);
- Herdados da Marinha do Brasil: Florianópolis (SC), Guarujá (SP), Rio de Janeiro (RJ) (Galeão) e Rio Grande (RS);
- Infraestruturas beneficiadas por obras dos Estados Unidos da América na Segunda Guerra Mundial: Belém (PA) (Val-de-Cans), Fortaleza (CE), Parnamirim (RN), Recife (PE) e Salvador (BA);
- Outros aeródromos incorporados: Barbacena (MG), Brasília (DF), Canoas (RS) (Nossa Senhora das Graças), Guaratinguetá (SP), Guarulhos (SP), Lagoa Santa (MG), Manaus (AM), Novo Progresso (PA), Pirassununga (SP), Rio de Janeiro (RJ) (Centro, Jacarepaguá e Santa Cruz), São José dos Campos (SP) e São Paulo (SP).
O segundo período, compreendido entre 1966 e 1991, foi marcado pela interiorização da FAB, com somente um aeródromo tendo sido criado no litoral:
O terceiro período, de 1991 a 2016, foi caracterizado pela adição de aeródromos na Amazônia Legal:
Contudo, é válido destacar alguns pontos:
- Os aeródromos dos Estandes de Tiro (Cacequi (RS), Mangaratiba (RJ) e Pureza (RN)) não possuem datação conhecida.
- Os aeródromos de escolas (Barbacena (MG) e Guaratinguetá (SP)) e centro de pesquisa (São José dos Campos (SP)) possuem datação imprecisa.
- Os aeródromos de Manaus (AM), Novo Progresso (PA), Santa Maria (RS) e São Gabriel da Cachoeira (AM) podem ter pertencido à FAB por um longo período antes de sua efetivação como organizações militares, o que levaria, por exemplo, o aeródromo de Santa Maria (RS) a ser classificado no primeiro período.
- Os aeródromos de Manaus (AM) e Santa Maria (RS) podem até mesmo ser classificados como infraestruturas beneficiadas por obras dos Estados Unidos da América na Segunda Guerra Mundial.
- Três aeródromos do Rio de Janeiro (RJ) (Centro, Galeão e Santa Cruz) foram utilizados pelos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial, mas não foram classificados como infraestruturas beneficiadas por obras...
- Alguns dos aeródromos que atualmente possuem destacamentos (Eirunepé (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Vilhena (RO)) podem ainda não ser reconhecidos como organizações militares ativas. Dessa forma, é possível que sua efetivação ocorra em um quarto período, que se iniciou em 2016.
- Alguns aeródromos não mencionados podem ter feito parte da Ordem de Batalha da força, como é o caso dos situados em Amapá (AP), Caravelas (BA), Igarapé-Açu (PA), Fernando de Noronha (PE), Maceió (AL), São Luís (MA) e Vitória (ES), todos usados pelos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial, além de Mossoró (RN). Para saber um pouco sobre as operações dos EUA, acesse o site da Sixtant.
Além desses fatores, é oportuno citar também que:
- Os atuais aeródromos em Canoas (RS) (Nossa Senhora das Graças), Guarujá (SP) e em Parnamirim (RN) podem ter sido criados numa época em que o município onde estão localizados ainda não existia.
De qualquer forma, percebe-se que no primeiro período de existência da FAB, sua ocupação foi principalmente litorânea (Zona Costeira e de área de transição). E no segundo e terceiro período foi principalmente interiorana (Sertão e Faixa de Fronteira).