Cobertura vegetal
Em vários de seus aeródromos, a Força Aérea Brasileira (FAB) possui coberturas vegetais em diferentes estágios de conservação. Podemos identificar os seguintes tipos nos aeródromos que contam com a presença da FAB:
Campinarana | ||
Segundo a Wikipedia, "Campinarana se refere a um tipo de vegetação da região amazônica, que se desenvolve sobre solos arenosos fortemente lixiviados, de baixíssima fertilidade. (...) Essa vegetação diferencia-se da Floresta Amazônica propriamente dita (a Terra-Firme), pela flora distinta e pelo porte menor das árvores e caules mais finos. Ainda, diferencia-se da vegetação de Campina, pois nesta predomina gramíneas e arbustos, compondo uma vegetação baixa e aberta, com alta incidência de luminosidade."
Segundo o Ministério da Defesa "No Centro-Oeste, a Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, mantém preservada uma área de 22 mil quilômetros quadrados (equivalente ao tamanho do Estado de Sergipe), na Serra do Cachimbo (divisa entre o Pará e o Mato Grosso). Lá está o Campo de Provas Brigadeiro Velloso, que abriga treinamentos militares e também empreende sobrevoos periódicos para a detecção e inibição de desmatamento. Naquele local, a FAB promove a reintegração ao meio ambiente de diversas espécies da fauna brasileira, que são resgatadas do comércio ilegal pelo IBAMA. Como exemplo, onças e araras ameaçadas de extinção, assim como papagaios mantidos em cativeiro. Esses animais ganham um novo lar e a oportunidade de sobreviverem e se reproduzirem na Serra. A FAB também ajuda o IBAMA no transporte de animais silvestres." |
Floresta | ||||||
Segundo a Wikipedia, "Floresta é uma área com alta densidade de árvores. (...) As florestas são o ecossistema terrestre dominante da Terra e são distribuídas ao redor do globo. De acordo com a definição amplamente utilizada, da Organização para a Alimentação e a Agricultura, as florestas cobriam 41 milhões de km² do globo em 1990 e 39,9 milhões de km² em 2016."
Segundo o Ministério da Defesa, "Na Academia em Pirassununga (SP), por exemplo, mais de 700 mudas, de 300 espécies de árvores, foram plantadas. No local, estão araucárias, típicas do Sul, e até mesmo palmeiras do Nordeste, além de jarinas, açaís e mognos, característicos da Amazônia." |
Manguezal | ||||||||||
Segundo a Wikipedia, "Manguezal, mangue ou mangal é um ecossistema costeiro de transição entre os biomas terrestre e marinho. O termo aplica-se a zonas úmidas características de regiões tropicais e subtropicais, associadas às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde há encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, sujeitas ao regime das marés e dominadas por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros componentes vegetais e animais."
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Restinga | ||
Segundo a Wikipedia, "A restinga é um espaço geográfico formado sempre por depósitos arenosos paralelos à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, podendo ter cobertura vegetal em mosaico. Esse tipo de vegetação também pode ser encontrado em praias, cordões arenosos, dunas e depressões em diversos estágios sucessionais existentes fora da restinga na parte interiorana do continente."
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Savana | ||||||||||||
Segundo a Wikipedia, "Savana (também conhecida como anhara em Angola e como cerrado no Brasil) é uma região plana cuja vegetação predominante são as plantas gramíneas, com árvores esparsas e arbustos isolados ou em pequenos grupos."
Segundo o Ministério da Defesa, "Outro exemplo está em Anápolis (GO), onde a Aeronáutica implantou, em 2011, o Projeto de Controle de Erosões e Reflorestamento com Espécies Nativas e Exóticas e já contabiliza 16 mil mudas plantadas e cerca de 168 hectares recuperados. Este esforço ajudou a adequar as bacias de contenção e curvas de nível, de maneira a minimizar os processos erosivos e facilitar a absorção da água pelo solo, além de contribuir para a preservação das nascentes. Esta iniciativa foi reconhecida, no mesmo ano, com o Prêmio CEA Goiás de Meio Ambiente e, em 2012, o Prêmio Planeta Água de Consciência Ecológica, da Revista Planeta Água." |
Ainda que não tenha nenhuma de suas áreas identificadas com um dos cinco tipos de cobertura vegetal elecandos acima, todos feitos a partir do site Banco de Dados e Informações Ambientais (BDIA), em Santa Maria (RS), há um projeto de reflorestamento que vale ser citado.
Vegetação Secundária | ||
Segundo o Ministério da Defesa "Já em Santa Maria (RS), desde 2016, cerca de sete mil mudas foram plantadas nos arredores da pista de pouso. Este esforço foi realizado em conjunto com o Departamento de Ciências Florestais e o Curso de Engenharia Acústica da Universidade Federal de Santa Maria, com o propósito de criar uma barreira natural para amenizar o ruído dos pousos e decolagens, promovendo assim o bem-estar da comunidade próxima." |
Unidades de Conservação
Do ponto de vista das Unidades de Conservação (UC) do Brasil, a FAB possui um total de dez instalações localizadas próximas ou no interior de UCs, além de possuir, muito provavelmente, sua própria UC.
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) está situado dentro da APA das Reentrâncias Maranhenses. A unidade de conservação é estadual e foi criada em 1991. Caracteriza-se como uma UC de uso sustentável presente nos biomas da Amazônia e da Zona Costeira e Marítima. É constituída por Formações Pioneiras (manguezais e restingas, por exemplo).
A Base Aérea de Brasília está situada dentro da APA Bacias do Gama e Cabeça-do-Veado e da APA do Planalto Central. Essas unidades possuem sobreposições. Além disso, é próxima da APA do Lago Paranoá, da ARIE Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo e da ESEC do Jardim Botânico de Brasília. Dentre as que está inserida, temos a seguintes configuração: uma é estadual de uso sustentável criada em 1986 (Bacias do Gama e Cabeça-do-Veado) e a outra é federal de uso sustentável criada em 2002 (Planalto Central). Todas estão no bioma Cerrado. Somando as duas UCs em que está inserida, são constituídas por Contato Savana-Floresta Estacional, Contato Savana-Formações Pioneiras e Savana.
A Base Aérea de Florianópolis está situada próxima à RESEX Marinha do Pirajubaé. A unidade de conservação é federal e foi criada em 1992. Caracteriza-se como uma UC de uso sustentável presente nos biomas da Mata Atlântica e da Zona Costeira e Marítima. É constituída por Formações Pioneiras (manguezais), entre outros elementos.
A Base Aérea de Fortaleza está próxima do PES do Rio Cocó. A unidade de conservação é estadual e foi criada em 1989. Caracteriza-se como UC de proteção integral nos biomas da Caatinga e da Zona Costeira e Marítima. É constituída por Savana Estépica, entre outros elementos.
O aeródromo do Estande de Tiro de Aviação da Marambaia, em Mangaratiba (RJ), é delimitado pela APA Marinha do Boto Cinza e pela ARIE do Saco da Restinga. Em ambos os casos, trata-se de UCs marinhas municipais.
O Campo de Provas Brigadeiro Velloso, situado parcialmente em Novo Progresso (PA), é vizinho do PARNA do Rio Novo e da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo. Ambas são federais e foram criadas em 2005 (Rio Novo) e 2006 (Nascentes da Serra do Cachimbo). Caracterizam-se como UCs de proteção integral no bioma da Amazônia. Somando as duas UCs, são constituídas por Contato Savana-Floresta Estacional, Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Ombrófila Densa.
Em Parnamirim (RN), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno é próximo da Zona de Proteção Ambiental 6 - Morro do Careca. Trata-se, provavelmente, de uma UC municipal. E a Base Aérea de Natal possui sua própria UC, a Área de Reserva Natural da Aeronáutica.
O aeródromo do CINDACTA III (em Recife (PE)) está próximo do RVS Mata do Engenho Uchóa. A unidade de conservação é estadual e foi criada em 1987. Caracteriza-se como uma UC de proteção integral no bioma da Mata Atlântica. É constituída por Formações Pioneiras (manguezais). Além dela, o aeródromo está próximo da APP Mangue Dancing Days, uma UC municipal.
A Base Aérea de Salvador está próxima da APA das Lagoas e Dunas do Abaeté. A unidade de conservação é estadual e foi criada em 1987. Caracteriza-se como uma UC de uso sustentável no bioma da Mata Atlântica. É constituída por Floresta Ombrófila Densa e Formações Pioneiras (restinga).
Eficiência energética
Diante do fato de que 2% de todo o consumo de energia elétrica pelo poder público brasileiro é realizado pela Força Aérea Brasileira - 263 GWh em 2018, o que custa R$ 150 milhões anualmente em valores do referido ano -, a força tem adotado diversas medidas para otimizar o consumo de energia em suas instalações, buscando a eficiência energética.
Uma das ações mais notáveis foi a inauguração, em dezembro de 2010, de uma nova usina hidrelétrica no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, em Novo Progresso (PA). Essa usina triplicou a capacidade de produção de energia comparada com o módulo anterior, inaugurado na década de 1950.
Além da geração de energia hidrelétrica, a FAB tem investido na criação de usinas fotovoltaicas em diversas regiões do Brasil. Essas usinas, que utilizam energia solar para gerar eletricidade, foram instaladas em locais estratégicos, como no Centro de Lançamento de Alcântara, na Estação de Apoio ao Controle do Espaço Aéreo de Surucucu, em Alto Alegre (RR), no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fernando de Noronha, no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Tiriós, em Óbidos (PA), no futuro Hospital de Aeronáutica de Natal (anteriormente chamado de Grupo de Saúde de Natal), em Parnamirim (RN), e na Base Aérea de Santa Maria.
A FAB também já planeja a expansão dessas iniciativas com a criação de novas usinas fotovoltaicas nas bases aéreas de Anápolis (GO), Boa Vista (RR), Brasília (DF) e Canoas (RS), além de instalações em Salvador (BA).
Além da usina fotovoltaica, a FAB implementou um sistema de armazenamento de energia de íons-lítio no Centro de Lançamento de Alcântara.
Outro ponto importante é a modernização da iluminação nas instalações da FAB ou de suas instalações elétricas. Em várias bases aéreas, como as de Anápolis (GO), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO) e Santa Maria (RS), além do aeródromo do PAMA-LS e da Academia da Força Aérea, a FAB vem implementando medidas de eficiência energética.